O Grupo OAS apresentou nesta terça-feira (31) pedido de
Recuperação Judicial de nove de suas empresas à Justiça do Estado de São Paulo.
A iniciativa foi o melhor caminho encontrado

"Vamos vender os nossos ativos num processo de
Recuperação Judicial para dar segurança aos investidores de que não correrão
risco de ter seu negócio contestado na Justiça pelos credores da OAS. O
desinvestimento em ativos é motivado também pela decisão de priorizar o core
business do Grupo, que é o nosso braço de construção pesada, a Construtora
OAS", afirma Diego Barreto, diretor de Desenvolvimento Corporativo da
Construtora OAS.
Serão colocadas à venda a participação da OAS S.A. na
Invepar (24,44% do negócio),a fatia no Estaleiro Enseada (17,5%), a OAS
Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%), a OAS Óleo e Gás (61%)
e a OAS Defesa (100%). Também serão negociadas a Arena Fonte Nova (50%) e a
Arena das Dunas (100%).
Barreto destaca ainda que a Construtora OAS entra com pedido
de Recuperação Judicial por questões técnicas, já que é garantidora dos
financiamentos do Grupo, não por falta de liquidez, problema que atingiu as
outras empresas incluídas no pedido (OAS S.A., OAS Imóveis S.A., SPE Gestão e
Exploração de Arenas Multiuso, OAS Empreendimentos S.A., OAS Infraestrutura
S.A., OAS Investments Ltd., OAS Investments GmbH e OAS Finance Ltd.).
A OAS decidiu também que concentrará esforços naquilo que é
sua principal vocação, a construção pesada. "O setor de infraestrutura
depende de financiamento intenso de capital para o desenvolvimento dos projetos
que dão suporte ao crescimento econômico do País.
Desde o início das
investigações na Petrobras, as instituições financeiras têm sistematicamente
restringido o acesso das empresas aos recursos necessários para a manutenção
das obras. Com quase 40 anos de vida, a OAS se vê impelida a tomar medidas que
lhe permitam continuar a operar num processo saudável de renegociação das
dívidas, preservando milhares de empregos diretos e indiretos",afirma
Fabio Yonamine, presidente da OAS Investimentos.
Tribuna do Norte
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