
A sigla não cita quem seriam os culpados pelo ataque, mas
dirige as críticas aos “maus perdedores no jogo democrático” que “tentam agora
reverter, sem eleições, o resultado eleitoral”. Segundo a legenda, tentam
“fazer do PT um bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades
passageiras da economia”.
“Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem
numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas
virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria
extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham
possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.”
No documento, o partido diz ainda que é favorável às
investigações, como a que envolve a Petrobras, e afirma que, caso algum filiado
seja condenado em “virtude de eventuais falcatruas”, será excluído do partido.
O PT ressalta que, durante o seu próximo congresso da agremiação "Caberá à
legenda se reencontrar com o PT dos anos 1980, quando nos constituímos num
partido com vocação democrática e transformação da sociedade”. A ideia, segundo
os membros do PT, é que o congresso faça o partido retomar sua “radicalidade
política, seu caráter plural e não dogmático”.
O manifesto defende que o partido pratique a política
cotidiana, mais presente na vida do povo, “no dia a dia dos trabalhadores”, e
que reate sua ligação com os movimentos sociais, a juventude, os intelectuais e
as organizações sociais. “Todos inicialmente representados em nossas instâncias
e hoje alheios, indiferentes ou até hostis, em virtude de alguns erros
políticos cometidos nessa trajetória de quase 35 anos”.
Ao fim do documento, os membros da Executiva listam uma
série de dez propostas, entre elas, a promoção de debates e mobilizações em
torno do PT e de suas bandeiras históricas; a defesa do legado
político-administrativo do partido e do governo da presidenta Dilma Rousseff; e
a articulação de uma frente de partidos, centrais sindicais e movimentos
sociais “unificados em torno de uma plataforma de mudanças”, e que defendam a
reforma política e tributária, além da democratização da mídia.
EBC Agencia Brasil
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