A vacina contra o papiloma vírus
humano (HPV) evita a contaminação pelo micro-organismo que causa 98% dos casos
de câncer do colo do útero. Mas, além da proteção, ela pode ser usada no
tratamento desse tumor. É o que sugerem cientistas da Holanda na edição desta
semana da revista Science Translational Medicine. Ao unirem uma vacina
experimental com a quimioterapia, eles conseguiram diminuir o tumor e aumentar
a sobrevida em ratos. Testes com mulheres também mostraram redução de células
cancerígenas.
Os cientistas acreditam que os
resultados foram alcançados graças a um reforço do sistema imunológico
proporcionado pela vacina. Eles também têm a esperança de que a estratégia
possa ser usada no combate a outros tipos de cancros. Em 2009, a equipe desenvolveu
uma vacina para o HPV que mostrou alto grau de proteção em testes iniciais com
pessoas saudáveis. Em busca de mais ganhos, resolveram observar se o
medicamento também mostrava benefícios em mulheres já diagnosticadas com
tumores. “Nós testamos essa vacina em pacientes com câncer e a resposta
imunitária foi muito fraca”, contou Sjoerd Van Der Burg, um dos autores do
estudo e pesquisador do Hospital Universitário Leids Universitair Medisch
Centrum.
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