João Pedro Stédile, membro da
direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou
nesta sábado, 16, que, se o impeachment da presidente Dilma Rousseff passar no
domingo, 17, na Câmara, os movimentos sociais precisam organizar uma grande
paralisação nacional para os próximos dias.
A declaração foi dada em evento
promovido por movimentos sociais e sindicais em defesa do governo, que contou
antes com um discurso do ex-presidente Lula.
"Se o impeachment for para o
Senado, só há uma maneira de dar o nosso recado: é fazer uma paralisação
nacional em todo o país. Isso exige paciência e debate. Vamos discutir nos
nossos Estados, construir nos próximos 10, 15 dias uma grande paralisação da
produção, dos transportes, das escolas, do serviço público, e dizer que a
burguesia não vai ter sossego", afirmou.

"O governo precisa criar
vergonha e parar de montar ministérios com siglas partidárias que não
representam ninguém. Esses partidos conservadores, que fingiam dar sustentação
ao governo, só queriam mamar nas tetas do recurso público e agora traíram o governo",
comentou.
Ele disse que conversou
recentemente com Lula e este lhe perguntou se seria a hora de escrever uma nova
Carta ao Povo Brasileiro, como o petista fez nas eleições de 2002. Stédile, no
entanto, opinou que desta vez o povo é que deveria escrever a carta e enviar ao
governo com suas reivindicações.
O líder Sem Terra lembrou que,
mesmo que a Câmara reprove o impeachment, a "guerra" não estará
terminada.
exame.abril.com.br
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