Presídios
Quem ocupa cela de presídio não é por ter passado em
primeiro lugar no ENEM, doado milhões a freirinhas cuidadoras de velhinhos ou
descoberto a cura da AIDS. Presídio é lugar de criminoso. De assassino, de
estuprador, de latrocída, de incurável.
Na crise em que os facínoras organizados começaram detonando
e depois foram freados pelo Estado, houve baderna, quebra-quebra e prejuízos a
patrimônio privado. Nós, contribuintes, pagamos. Os presos voltam a receber
colchões e outros apetrechos. É preciso entender que suas vítimas estão
sepultadas, apodrecendo, sem direito algum.
O juiz
No episódio em que muita gente apareceu, verbalizou e
produziu nem tanto, todo respeito à figura do juiz de Execuções Penais,
Henrique Baltazar dos Santos. É um magistrado ao pé da letra. Duro sem ser
injusto, não tergiversa. Não o conheço pessoalmente. Sei da trajetória sem medo
de cara feia em Pau dos Ferros na fase do Sindicato do Crime e em Caicó, também
em tempo quente.
Cobrar, sim
O juiz cobra providências com razão e acerta em cheio quando
diz que, se autoridades brincarem, o crime toma as rédeas. Se alguém conhece o
sistema carcerário sem evoluções teóricas ou boçais, é Henrique Baltazar, que
(desculpem a rima), cansou de avisar.
Culpa
Não é do atual Governo. Que gerencia a crise com eficiência.
Problema foi ter nomeado para campo minado, um neófito absoluto. Ali, é área
para especialista e não apadrinhado.
Rubens Lemos (Jornal de Hoje)

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