O deputado federal Jean Wyllys (Psol) deu entrada na Câmara
no projeto de lei que garante às mulheres o direito de interromperem
voluntariamente gravidez de até 12 semanas. De acordo com o texto, que será
encaminhado para as comissões da Casa antes de seguir para votação, o aborto
seria realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Também estão previstas a
criação de políticas públicas para educação sexual e dos direitos reprodutivos
e sexuais.
“Não vou passar por cima do cadáver do Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), porque ele não está morto, mas passarei sobre a arrogância dele. A
lei é para que o Congresso não passe por cima do cadáver de milhares de
mulheres que abortam clandestinamente em açougues e morrem todos os dias”,
afirmou Jean, em referência à entrevista recente do presidente da Câmara. Na
ocasião, Cunha declarou que mudanças na legislação sobre aborto só seriam
votadas por cima de seu cadáver. “No aborto sou radical, não vou pautar nem que
a vaca tussa”, disse o parlamentar.
Robson Pires

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