A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou
nesta terça-feira (14) aumento médio de 9,57% nas contas de luz de clientes da
Cosern, distribuidora que atua no Rio Grande do Norte.
O reajuste começa a valer em 22 de abril. Para a baixa
tensão (residências e comércio), a alta média será de 7,41%. Já para a alta
tensão (indústria), será de 14,41%, também na média.
Esse aumento se refere ao reajuste que as distribuidoras têm
direito e que é avaliado uma vez ao ano pela Aneel. Em 2015, porém, devido ao
forte aumento das despesas no setor elétrico, a agência também promoveu uma
revisão extraordinária das tarifas da maior parte das distribuidoras do país,
que começou a valer em março.
Nessa revisão extra, que na prática funcionou como um
segundo reajuste anual, as contas de luz dos clientes da Cosern já haviam
sofrido aumento de 2,8%, um dos menores entre as 59 distribuidoras do país
contempladas.
Energia mais cara
Os índices aprovados pela Aneel funcionam como um teto, ou
seja, o limite para o reajuste que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem
autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.
Em 2015, porém, a agência vem autorizando reajustes altos
devido ao encarecimento da energia no país nos últimos meses, provocado pela
queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso
mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade pela queima de
combustíveis como óleo e gás).
O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o
objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais
fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos
consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre
eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de
indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa
fatura, o que contribuiu para alivias as altas nas tarifas.
Mesmo assim, para os consumidores do Nordeste e do Norte do
país a conta de luz vai subir menos em 2015. Isso porque a lei prevê que a
maior parte desse custo extra seja bancada pelos consumidores do Sul, Sudeste e
Centro-Oeste.
As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida
pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores.
Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa
energia.
G1
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