Atiradores mascarados ligados à
milícia radical Al-Shabab invadiram uma universidade no leste do Quênia na
manhã desta quinta-feira (2) e atacaram estudantes cristãos, deixando ao menos
70 mortos e 79 feridos.
As forças de segurança chegaram a
isolar os atiradores em um dormitório na Universidade de Garissa, onde há
pessoas sendo mantidas como reféns. Segundo a polícia, dois autores do ataque
foram mortos, mas o número total deles é desconhecido.
Collins Wetangula,
vice-presidente do diretório estudantil da universidade, relatou ter ouvido
disparos em um dormitório. "Eram ouvidos apenas passos e tiros. Ninguém
estava gritando porque isso poderia chamar a atenção dos atiradores",
relatou Wetangula.
Os atiradores invadiram os
dormitórios perguntando às pessoas se eram cristãs ou muçulmanas.
"Quem fosse cristão era
baleado ali mesmo", disse o estudante. "A cada tiro que ouvia, eu
pensava que iria morrer".
Ele foi resgatado com outros
estudantes por agentes de segurança. A área foi isolada.
Em março, a milícia Al-Shabab
reivindicou um ataque que deixou 12 mortos próximo à fronteira com à Somália. O
alvo do ataque era o comboio do governador da província.
Segundo a polícia, 312 pessoas
morreram em ataques da Al-Shabab no Quênia entre 2012 e 2014.
Somente na Universidade de
Garissa, alvo de ataques anterior mente, houve 38 mortos e 149 feridos no mesmo
período.
A Al-Shabab é ligada à Al-Qaeda e
luta para instaurar um califado na região. A milícia foi incluída em março de
2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo dos EUA.
Jornal de Piracicaba
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