O número de armas de fogo apreendidas nos três primeiros
meses de 2015 caiu em relação ao primeiro trimestre de 2014 na Grande Natal.
Uma estimativa da Polícia Federal considera que 50% de todas as armas
apreendidas no Rio Grande do Norte tiveram uma origem legal. Isso significa que
elas já pertenceram a alguém que passou por todos os trâmites para obtê-la, ou
que foram retiradas do arsenal das forças militares.
Para quem defende a restrição do uso de armas, os números
que mostram uma queda na apreensão pode ser “a arma” na defesa do Estatuto do
Desarmamento. Mas a quantidade de armas legais que vão parar nas mãos de
bandidos motivam grupos sociais que vão na direção contrária. Grupo de
deputados, na Câmara Federal, quer facilitar o acesso do cidadão à arma de fogo
exatamente em função do aumento da violência.
O chefe de Operações do Comando de Policiamento
Metropolitano (CPM), major Eduardo Franco, defende a atual política de controle
de armas estabelecida pela lei 10.826/2003, que é auxiliar ao trabalho das
polícias. Ainda segundo ele, há uma redução progressiva da apreensão de
armamentos, embora ainda haja picos nas estatísticas.
Esse fenômeno, segundo ele, não decorre de um suposto
afrouxamento da ação da Polícia Militar. “A gente está verificando uma certa
diminuição, apesar de nosso trabalho permanece constante. Mas em certos
momentos, há um aumento considerável.
Muitos crimes que antes aconteciam com
arma de fogo, agora passaram a ser cometidos com arma branca. Na semana passada
mesmo, tivemos dois assaltos a ônibus assim. Também observamos uma redução no
número de homicídios, um crime que é majoritariamente cometido com arma de
fogo”, disse.
A média de apreensões gira em torno de 30 a 50 armas
apreendidas por mês, com picos raros, como em setembro de 2014, quando houve 69
armas apreendidas.
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário