Dezoito pessoas, entre usuários e revendedores de drogas,
foram presos ontem numa ação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, em
Parnamirim, em cumprimento a 42 mandados de prisão e de busca e apreensão. A
Operação Labirinto, deflagrada ainda na madrugada, envolveu 336 policiais
(entre civis e militares), aproximadamente 80 viaturas (entre motocicletas,
caminhonetes e utilitários), o helicóptero Potiguar I e, ainda, a estrutura
Móvel de Delegacia pertencente à Secretaria de Estado da Segurança Pública e
Defesa Social (Sesed). Os dados finais relativos ao quantitativo de drogas,
equipamentos, armas, munições e dinheiro apreendido na ação policial não foram
divulgados pela Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol). Nenhum traficante
considerado de alta periculosidade foi preso.
Organizada por quatro delegados – Júlio Costa, da Delegacia
Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD); Frank Albuquerque, da
Delegacia Especializada em Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov);
Ronaldo Gomes, titular do 1º Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim e Iramar
Xavier, da Delegacia de Costumes – a Operação Labirinto foi resultado de uma
investigação que teve início em janeiro, em Parnamirim. Na área de atuação da
1ª Delegacia de Polícia Civil do município, o terceiro maior do Rio Grande do
Norte, foram registrados, somente no mês de janeiro deste ano, 22 inquéritos
para apuração de homicídios.
“A maioria dos assassinatos em Parnamirim tem ligação com o
tráfico de drogas. Instauramos diversos inquéritos para apurar as mortes e
constatamos a estreita ligação entre o consumo, a dívida e o tráfico com os
homicídios”, relatou o delegado Ronaldo Gomes. Mesmo sem apresentar uma
quantidade significativa de droga, equipamentos diversos ou carros apreendidos,
que justificasse o aparato disponibilizado para a ação policial, Ronaldo Gomes
considerou a Operação Labirinto positiva. “A Operação é um sucesso. O grande
resultado é o social, pois a população se sente mais segura”, frisou o delegado
Ronaldo Gomes.
Questionado a respeito da estrutura montada – que numa
análise superficial se mostrou inversamente proporcional aos resultados
previamente obtidos – o delegado Ronaldo Gomes descartou frustração quanto às
apreensões e prisões. “Para nosso ponto de vista, é um grande resultado”,
avaliou.
Tribuna do Norte
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