Leandra Felipe – Correspondente
da Agência Brasil
O Centro de Controle e Prevenção
de Doenças (CDC) divulgou nesta quarta-feira (13) um estudo no qual conclui que
o vírus Zika pode provocar microcefalia e lesões cerebrais fetais graves. No
artigo publicado no New England Journal of Medicine, os autores disseram que,
após estudos, está confirmada a relação do vírus com a microcefalia.
“Agora está claro que o vírus
provoca microcefalia. E também estamos estudando como o Zika pode ser a ponta
do iceberg para outras lesões cerebrais e problemas de desenvolvimento”,
detalhou Tom Frieden, diretor do CDC. Segundo ele, a confirmação só reforça a
necessidade de que mulheres grávida e seus parceiros evitem 100% a infecção
pelo vírus Zika.
Entretanto o relatório pondera
que nem todas as gestantes infectadas pelo vírus Zika tiveram fetos com
microcefalia, por isso não se pode concluir que só a presença do vírus
desencadeia a doença. “Ainda não há uma prova conclusiva sobre isso”, informou
o estudo.
Para os pesquisadores,
estabelecer a relação causal entre o Zika e as doenças no cérebro dos fetos
representa um passo importante para uma conclusão definitiva, mas a prevenção
no momento é a chave para evitar novos casos.
O CDC voltou a recomendar que
mulheres grávidas evitem viajar para regiões afetadas com casos de contaminação
pelo Aedes aegypiti, bem como o uso de preservativo nas relações sexuais. Outra
medida é evitar gestações em caso de viagem ou permanência nos lugares com
incidência de casos do vírus Zika.
Nenhum comentário:
Postar um comentário