quinta-feira, 12 de maio de 2016

SOFRO A DOR DA INJUSTIÇA, DIZ DILMA APÓS AFASTAMENTO

Em seu primeiro pronunciamento oficial após ser intimada da decisão do Senado sobre a abertura do processo de impeachment nesta quinta-feira (12), a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou sofrer "a dor inominável da injustiça".

Em discurso de 15 minutos à imprensa, Dilma lembrou de sua luta contra ditadura militar (1964-85) e do câncer contra qual lutou, em 2009, quando era ministra-chefe da Casa Civil.

"O destino sempre me reservou muitos desafios. Muitos e grandes desafios. Alguns pareciam a mim intransponíveis. Mas eu consegui vencê-los. Eu já sofri a dor invisível da tortura. A dor aflitiva da doença. E, agora, eu sofro mais uma vez a dor igualmente inominável da injustiça. O que mais dói, neste momento, é a injustiça. O que mais dói é perceber que estou sendo vítima de uma farsa jurídica e política. Mas não esmoreço. Olho para trás e vejo tudo que fizemos. Olho para frente e vejo tudo que precisamos fazer."

Após a decisão de hoje do Senado, Dilma ficará oficialmente afastada do cargo por até 180 dias. O processo na Casa, no entanto, pode acabar antes dos seis meses. Se for considerada culpada, ela sai do cargo definitivamente e fica inelegível por oito anos (não pode se candidatar a nenhum cargo público). Michel Temer será o presidente até o fim de 2018. Se for inocentada, ela volta à Presidência.

Vestindo branco, Dilma declarou em seu pronunciamento que pode ter cometido erros, mas não crime. "Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente. Esta farsa jurídica da qual estou sendo alvo, é que nunca aceitei chantagem de qualquer natureza. Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes. Estou sendo julgada por ter feito justamente tudo que a lei me autorizava fazer", disse.

noticias.uol.com.br

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