Do G1 RN
Com a compreensão de que a
questão da segurança pública é a que mais aflige a sociedade potiguar, o
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte anunciou nesta quinta-feira (19) que
vai liberar R$ 20 milhões para que o Estado construa um presídio com capacidade
para 600 presos e uma unidade da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos
Condenados). O anúncio foi feito pelo presidente do TJRN, Cláudio Santos,
durante entrevista coletiva.
“O RN possui uma população
carcerária de 7 mil presos e um deficit de 3.450 vagas”, lembrou o presidente
do TJRN durante o anúncio da medida. O anteprojeto de lei proposto pelo
Tribunal – já apresentado e aprovado pelos desembargadores da Corte de Justiça
– será entregue na manhã desta sexta-feira (20) ao presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira.
“A sociedade clama por mais
segurança pública e o Poder Judiciário não poderia ficar inerte a esta
realidade. Por isso, com recursos próprios e economia, estamos disponibilizando
valor financeiro significativo para que o Estado possa construir uma unidade
para desafogar o sistema prisional”, destacou Santos. O presidente do TJRN
também lembrou que a segurança pública é dever de todos, sejam cidadãos ou
órgãos do Estado.
Segundo o Tribunal, foi levado em
consideração o custo de R$ 3 mil por preso na construção de uma penitenciária.
“Em nossa ida à Assembleia, solicitaremos o trâmite mais célere possível para o
anteprojeto e, com isso, o governo estadual terá condições de construir o
presídio de maneira rápida”, frisou o desembargador.
Proposta
Anteprojeto de Lei Ordinária, a
iniciativa anunciada pelo presidente do TJRN (após apreciação dos deputados
estaduais) pode ser viabilizado mediante acordo de cooperação entre o TJ e o
Governo do Estado. O valor transferido será incorporado ao Fundo Penitenciário
do Estado do Rio Grande do Norte (Funpern), aplicado em investimento exclusivo
na construção de unidades prisionais.
O valor transferido será
devolvido em 20 parcelas, corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
mediante termo de recomposição creditícia a ser firmado entre o chefe do
Executivo e o chefe do Poder Judiciário, após o prazo de 24 meses de carência.
Caso não ocorra a utilização
efetiva do dinheiro no prazo de 24 meses, isto acarretará na devolução dos
recursos financeiros para a conta do Tribunal de Justiça.
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