Em meio à crise econômica, não tá
fácil realizar o sonho da casa própria. E vem mais uma paulada no bolso por aí:
a partir de 1º de julho, as prestações das moradias do Minha Casa, Minha Vida
subirão até 237,5%.
O aumento vale para a faixa 1, a mais baixa do
programa, que contempla famílias com renda bruta mensal de até $ 1.600,00 (ou R$
1.800,00 a partir da fase 3).
Na Baixada Santista, há 9.498
unidades habitacionais para serem entregues nessa faixa, na qual o beneficiário
arca com prestações sem juros, durante dez anos.
O valor mínimo a ser pago por mês
subirá de R$ 25,00 para R$ 80,00, o que representa reajuste de 220%. Já o valor
máximo possível será de R$ 270,00, parcela 237,5% maior do que a máxima atual (confira
as informações no quadro).
Hoje em dia, beneficiários com
contratos já assinados pagam prestações equivalentes a 5% da renda familiar
mensal, variando entre R$ 25,00 e R$ 80,00.
Segundo o Ministério das Cidades,
o reajuste é necessário “em decorrência da atualização dos custos da construção
e das melhorias estabelecidas nesta nova fase”.
Em nota ao Expresso, a pasta
destacou, porém, que famílias já beneficiadas não serão afetadas pela
alteração. Elas continuarão pagando a mesma prestação. “O ajuste é apenas para
as famílias cuja indicação seja formalizada na instituição financeira oficial
federal após 30 de junho”, esclareceu.
O Ministério das Cidades defendeu
ainda que os valores permanecem baixos, chegando a no máximo 15% da renda da
família. “Na maioria dos casos, as famílias beneficiadas comprometem muito mais
de sua renda com a antiga moradia”.
Sete cidades da Baixada Santista
têm projetos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida dentro da faixa 1 em
andamento. Em Guarujá, a Prefeitura destacou que não há pagamento de mensalidades
por parte dos moradores.
No total, há 9.498 unidades para
serem concluídas, segundo informações das prefeituras. Em São Vicente, por
exemplo, o Conjunto Tancredo Neves 3 tem previsão de entrega até o final deste
ano, beneficiando 1.120 famílias.
Para o economista e consultor
econômico Hélio Hallite, o aumento imposto pelo Governo Federal vem em má hora.
“O Minha Casa, Minha Vida é um projeto social de grande abrangência para as
comunidades mais pobres e, evidentemente, o perfil desse mutuário não suporta o
aumento atribuído agora”.
Entenda melhor as mudanças
O Governo Federal reajustou as
prestações a serem pagas por beneficiários de moradias da faixa 1 do Minha
Casa, Minha Vida. A faixa 1 atende famílias com renda bruta mensal de até R$
1.600,00 (nas fases 1 e 2) e R$ 1.800,00
(a partir da fase 3).
Como é hoje
O valor das prestações mensais
equivale a 5% da renda familiar mensal, com valor mínimo fixado em R$ 25,00.
www.atribuna.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário