A 2ª Vara Criminal da Comarca de
Mossoró bloqueou os bens da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba
Ciarlini Rosado, e de mais dezesseis pessoas. O valor total bloqueado é de
aproximadamente R$ 12 milhões. Segundo o MP, o bloqueio é referente a desvios
de recursos apontados por auditoria do Tribunal de Contas do Estado durante a
contratação da Associação Marca para gerenciamento do Hospital da Mulher, no
município de Mossoró.
Os desvios, segundo o Ministério
Público, aconteceram por meio de serviços superfaturados, serviços não
prestados, compra de equipamentos não instalados e uso de notas fiscais frias.
Em nota a ex-governadora afirmou
que está tranquila e de consciência limpa de que não cometeu nenhuma
irregularidade. Ela ressaltou que a ação investiga a terceirização do Hospital
da Mulher e que a autoria do suposto desvio de recursos não foi praticado por
ela e sim pela empresa Marca. "A ex-governadora, pelo contrário, foi a
responsável pelo afastamento da empresa Marca quando ordenou auditoria e o
próprio governo suspeitou de irregularidades, substituindo a empresa e tomando
providências que foram homologadas pelo poder judiciário em 2013", diz a
nota.
O bloqueio foi pedido pelo MP,
através das Promotorias de Defesa do Patrimônio Público em Mossoró, visando
garantir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo grupo e atinge os imóveis,
veículos e valores existentes em contas bancárias.
Entre os que tiveram os bens
bloqueados, além da governadora, estão o procurador do município de Natal,
Alexandre Alves, o ex-secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, a
ex-secretária de saúde adjunta, Dorinha Burlamarqui, e o chefe do Grupo Salute
Vita, Tufi Soares Meres.
Todos os requeridos são réus na
ação penal, em trâmite na Comarca de Mossoró, pela prática dos crimes de
peculato, dispensa indevida de licitação, corrupção passiva e formação de
quadrilha, cometidos no contexto da contratação da Associação Marca para
administração do Hospital da Mulher em Mossoró.
Do G1 RN
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