O governo federal anunciou nesta
quinta-feira (2) que vai destinar R$ 65 milhões a pesquisas relacionadas ao
vírus da zika. Os estudos devem ser voltados para prevenir, diagnosticar e tratar
a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegytpi – também vetor da dengue,
chikungunya e febre amarela. Eles devem ser concluídos em até quatro anos.
Do montante previsto, R$ 20
milhões devem sair do Ministério da Saúde, R$ 30 milhões do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e R$ 15 milhões do Ministério da
Educação. Segundo o Ministério da Saúde, a verba faz parte das ações previstas
pelo Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes, lançado em dezembro de 2015.
O pesquisador que tiver interesse
em submeter um projeto pode encaminhar a proposta em até 45 dias a partir desta
quinta pelo site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
A pesquisa deve seguir eixos como
desenvolvimento de novas tecnologias de diagnóstico, desenvolvimento e
avaliação de repelentes e inovação em gestão de serviços em saúde.
As propostas passarão por cinco
fases de análises, por técnicos do CNPq e do Ministério da Saúde. A previsão é
de que a lista de pesquisas aprovadas sairá no segundo semestre deste ano. Cada
pesquisa pode ser financiada em até R$ 500 mil.
Segundo o ministro da Saúde,
Ricardo Barros, os estudos podem promover a descoberta de novas tecnologias.
“Assim que for concluída a seleção dos projetos, os recursos estão disponíveis.
Há prioridade do presidente Michel Temer nessa questão do zika vírus”, disse,
ao lado do ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab.
O Ministério da Saúde informou
ter liberado R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas e estudos contra
doenças causadas pelo Aedes, e R$ 11,6 milhões para o desenvolvimento de uma
vacina pela Fiocruz.
Sintomas
Os principais sintomas da doença
provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira
e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas
geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro
de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo. Ainda não há
vacina nem tratamento específico para a doença.
De acordo com o Ministério da
Saúde, foram registrados pelo menos 91.387 casos prováveis do vírus da zika
desde o início do ano. Isso corresponde a uma taxa de incidência de 44,7 casos
por 100 mil habitantes. Do total, 31.616 foram confirmados.
g1.globo.com
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