Uma rede de tráfico de drogas que
distribuía cocaína para o Nordeste brasileiro é o alvo da operação Construtor,
da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã de hoje (2). Os mandados são cumpridos
simultaneamente no Recife, em Fortaleza, João Pessoa e em Foz do Iguaçu (PR).
As investigações começaram em
2014 pela Delegacia de Repressão a Drogas. Segundo a polícia, a organização criminosa era comandada por um
homem que utilizava nome falso e fazia a passagem de cocaína na fronteira
Brasil-Paraguai, transportando em seguida para o Recife, onde a droga era
distribuída a várias cidades do Nordeste.
Ainda de acordo com a PF, o grupo
lavaria o dinheiro do tráfico adquirindo veículos, apartamentos e terrenos,
onde eram construídos imóveis para revenda. Por isso, o nome da operação:
Construtor.
São seis mandados de prisão
preventiva, quatro deles em Pernambuco. Três investigados já estão no presídio
Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, no Complexo do Curado, detidos em flagrante
com 24,4 quilos de cocaína, em agosto de 2014, no município de Jaboatão dos
Guararapes, quando um suposto químico da quadrilha veio do Paraguai para
melhorar a qualidade da droga. O outro é um funcionário terceirizado do sistema
prisional, que já está na sede da PF no Recife. A operação inclui a Intimação
de um advogado (ele não será preso) e busca na casa dele e no escritório de
advocacia.
No Ceará são cumpridos mais dois
mandados de prisão, de um empresário apontado pela PF como o principal líder da
organização e de sua esposa, no bairro de Lagoa Redonda, em Fortaleza.
É em nome dele que estão
registrados alguns dos imóveis sequestrados hoje. O investigado já foi preso e
indiciado por homicídio, ocorrido em um acidente de carro supostamente causado
por sua embriaguez. A vítima foi uma grávida de oito meses.
Há o cumprimento também de cinco
mandados de busca e apreensão - três em Pernambuco, um no Ceará e um no
Paraná, além da apreensão de três veículos, do bloqueio de oito contas
bancárias de pessoas físicas e jurídicas, do sequestro de oito imóveis (seis no
Ceará e dois em Pernambuco) e da quebra de sigilo fiscal de quatro pessoas
físicas e jurídicas. Todas as medidas cautelares foram expedidas pela 13ª Vara
da Justiça Federal de Pernambuco.
Os integrantes são investigados
por crimes de associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro
e por constituir ou integrar organização criminosa. Em caso de condenação, as
penas, se somadas, podem chegar a 65 anos de reclusão.
agenciabrasil.ebc.com.br
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