Após ter sido condenado na
terça-feira (3) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por ter
doado dinheiro a campanhas acima do limite legal em 2014, o vice-presidente
Michel Temer (PMDB-SP) se tornou ficha-suja e está inelegível pelos próximos
oito anos, informou nesta quinta-feira (5) a promotora de Justiça eleitoral
Claudia Ferreira Mac Dowell. A sanção não impede que Temer assuma a presidência
em eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo ela.
Procurada pelo G1, a assessoria
de imprensa da vice-presidência informou que houve um "erro de
cálculo" na doação de Temer, e só a "Justiça pode declarar alguém
inelegível. Qualquer manifestação neste sentido é especulação e
precipitação" (leia a íntegra do comunicado mais abaixo).
Questionada pela equipe de
reportagem, a assessoria de imprensa do TRE-SP informou por telefone que
"não irá entrar no mérito a respeito da eventual inegebilidade de Temer
porque isso não foi analisado pelos sete juízes da corte no processo."
Na terça-feira (3), o plenário do
TRE-SP negou recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE), que queria aumentar
para R$ 160 mil a multa aplicada no final do ano passado contra Temer por ele
ter feito doações acima do permitido para uma pessoa física. Em votação
unânime, o Tribunal manteve a decisão anterior, de 2015, que havia fixado em R$
80 mil o valor dessa multa.
Temer pode recorrer ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) ,em Brasília, para deixar de pagar a multa, mas ele já
está inelegível, segundo a promotora. De acordo com o o site da Procuradoria
Regional Eleitoral no Estado de São Paulo (PRE-SP), Claudia é promotora
eleitoral da 5ª Zona Eleitoral.
"Ele fez isso como pessoa
física. Poderia ter doado no máximo 10% dos rendimentos brutos do ano
anterior", disse Claudia ao ser procurada pelo G1. “Ele pode assumir a
Presidência, mas fica na situação inédita de ser o primeiro presidente
ficha-suja da história do país, impedido de se candidatar a qualquer cargo
público nos próximos oito anos.”
g1.globo.com
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